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Prémio da Rede de Defesa dos Direitos Sexuais e Reprodutivos 2012

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Fotos da Marcha de Solidariedade dos Povos da SADC (2012)

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O estado em que se encontram alguns dos postos de saúde em Cabo Delgado

"Alzira"

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Filme produzido pela WLSA Moçambique sobre sobre uma jovem que, até há pouco tempo, vivia com fístula obstétrica.

"Omitidas"

Brochura elaborada pela WLSA Moçambique sobre o problema da fístula obstétrica - um drama que atinge cerca de 100.000 mulheres em Moçambique.

Omitidas

Clique aqui para descarregar a brochura (em PDF)

Leia mais sobre fístula obstétrica

Contra a violência de género

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A sociedade civil manifestou-se na inauguração dos X Jogos Africanos

 

Breves

Solidariedade com as feministas argentinas

02
Ago
2018

Respondendo ao apelo das companheiras argentinas, um grupo de organizações feministas de Moçambique endereçaram uma carta ao Senado da Argentina, para que aprove a lei que permite a interrupção voluntária da gravidez. Veja a seguir o seu teor.

AOS HONORÁVEIS SENADORES E SENADORAS DA NAÇÃO ARGENTINA

Nós, organizações da sociedade civil em Moçambique, juntamo-nos sem reservas e com toda a força da nossa solidariedade feminista às companheiras da Argentina na sua luta pelo aborto legal, seguro e gratuito.

Depois de anos com um grave problema de mortalidade materna entre adolescentes, jovens e mulheres provocada pelo aborto inseguro, o Parlamento do nosso país aprovou em 2014 uma lei que despenaliza a interrupção voluntária da gravidez até às 12 semanas, e em algumas outras circunstâncias. Este foi um grande avanço para os direitos humanos das mulheres no controlo do seu próprio corpo, embora a sua cobertura ainda não abranja todo o país.

Em sociedades tão machistas e excludentes dos direitos humanos das mulheres, em que a violência de género atinge níveis muito altos bem como os assassinatos por razões de género, é urgente e é da mais elementar justiça que as mulheres sejam empoderadas e ganhem controlo sobre o seu próprio corpo e as suas vidas. As mulheres não necessitam que venham salvá-las, precisam, isso sim, de mais poder para poder decidir sobre o que é adequado e melhor serve os seus interesses.

Tal como acontece em Moçambique, sabemos que o aborto ainda é muito estigmatizado na sociedade, nas igrejas e até mesmo nalgumas instituições do Estado. Este falso moralismo é imposto em nome da religião ou da cultura (no nosso caso) e ignora as terríveis situações em que se encontram milhões de raparigas e de mulheres, sem acesso à educação sexual ou ao planeamento familiar.

Em nosso nome e em nome de todas as mulheres que lutam, apesar das adversidades, e que ainda conseguem criar as filhas e os filhos e manter a família unida, pedimos aos Honoráveis Senadores e Senadoras que aprovem a Lei da Interrupção Voluntária da Gravidez. Este é um pequeno mas importante passo para acabar com a injustiça histórica que tem relegado as mulheres ao papel de servas do sistema mais impiedoso alguma vez criado, o patriarcado.

Certas de merecer a vossa atenção, despedimo-nos com votos da mais elevada estima.

Maputo, Moçambique, 30 de Julho de 2018

 

Assinam:

  • Associação Cultural Horizonte Azul
  • Fórum Mulher
  • Marcha Mundial das Mulheres de Moçambique
  • Mulher e Lei na África Austral – WLSA
  • Mulher, Lei e Desenvolvimento – MULEIDE
  • Rede de Defesa dos Direitos Sexuais e Reprodutivo

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Factsheet

Informação sobre os Direitos Sexuais e Reprodutivos das mulheres em Moçambique, recolhida pela Rede de Defesa dos Direitos Sexuais e Reprodutivos

Clique aqui para ler os artigos publicados em "Outras Vozes" (entre 2002 e 2015).
Mulher e Lei na África Austral - Moçambique