A necessidade de colocar a mulher e a criança no centro da agenda internacional na luta contra a SIDA foi discutida por pessoas de todos os cantos do mundo, entre políticos, profissionais da Saúde, doadores e voluntários que juntos unem esforços, recursos e capacidades para a eliminação do HIV no Continente Africano.

Enquadrar-se em diversas áreas das actividades socioeconómicas que estão a emergir na cidade portuária de Nacala, província de Nampula, é uma das metas das mulheres deste ponto do país que se entregam para o trabalho para ganhar reconhecimento dos seus feitos na sociedade moçambicana. Entrevistadas recentemente pelo Notícias, as mulheres de Nampula apontam a persistência da discriminação do tipo de trabalho entre homens e mulheres.

Há uma ligeira redução de casos, mas o caso ainda continua preocupante por causa da forma como este tipo de crimes é praticado contra a mulher e criança.

O Gabinete de Atendimento à Mulher e Criança Vítimas da Violência Doméstica (GAMCVD) em Manica em parceria com os líderes comunitários tem estado, junto das comunidades, a efetuar campanhas de sensibilização para ensinar boas práticas de convivência social, em reuniões de bairros e palestras educativos, sob forma de teatro.

Mais de 125 países têm leis específicas que penalizam a violência doméstica, mas 603 milhões mulheres vivem em países onde este mal ainda não é um crime. Sete em cada 10 mulheres no mundo são espancadas, estupradas, abusadas, ou mutiladas durante as suas vidas, segundo aponta a ONU.

A coordenadora nacional do COMUTRA, Comité Nacional da Mulher Trabalhadora, Clara Munguambe, disse que a mulher é constantemente desvalorizada na sociedade, em particular na família, no trabalho e pouco desenvolve na carreira profissional.

Uma mulher de 34 anos de idade violada sexualmente por um grupo de instigadores à violência por supostamente ser responsável pela propagação da cólera em alguns bairros da província de Nampula, Norte de Moçambique, não foi atendida no Hospital Central de Nampula alegadamente porque não tinha 500 meticais.

Alguns técnicos do Instituto de Patrocínio e Assistência Jurídica (IPAJ), uma instituição moçambicana subordinada ao Ministério da Justiça e criada para assegurar assistência jurídica gratuita às populações carenciadas, são acusados de praticar cobranças ilícitas aos seus constituintes na província de Maputo.