Maputo – Na II Reunião do Conselho da Administração da Rede do ATAF para as Mulheres no Domínio Fiscal (RMDF), a presidente do Conselho de Administrações Tributárias, Amélia Muendane, manifestou – se preocupada com o elevado nível de desigualdade na representação de homens e mulheres no sector ao nível do continente. segundo a presidente, para ultrapassar as desigualdades, os países africanos devem criar uma tabela indicativa do compromisso das diferentes autoridades tributárias africanas em incrementar o número de mulheres nos respectivos sistemas tributários. Isso passa pela elaboração de uma estratégia de recrutamento de mulheres.

Maputo – A Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade (FDC), realizou Conferência Nacional sobre a Lei das Uniões Prematuras. A Conferência foi acompanhada pelo um momento arrepiante e triste de partilha virtual de histórias de vida das raparigas que carregam sentimento de dor e mágoa vividos na união forçada e prematura. Ana João ( nome fictício), é uma jovem de 18 anos de idade, do distrito da Majune, no Niassa, aos 14 anos foi forçada pelos próprios familiares a viver em união forçada e prematura, com um homem cuja idade se equipara à do seu avô. Estas histórias denunciam a necessidade de uma intervenção urgente junto às comunidades, passando pela sensibilização e aplicação da lei aos violadores.

 

O secretário provincial da Organização Nacional dos Professores (ONP) em Nampula repudia o aumento de actos criminais, com destaque para os passionais, envolvendo membros daquela organização naquela região do país. O repúdio surge depois de recentemente um professor ter supostamente espancado e assassinado a esposa, também professora, por motivos passionais, com requintes de crueldade, tendo recorrido a gasolina para tirar a vida à companheira. Noventa (90%) do corpo da vítima ficaram com queimaduras graves e não resistiu aos ferimentos e faleceu um dia depois da ocorrência.

A Polícia da República de Moçambique deteve um casal no Distrito de Dondo, Província central de Sofala, por transformar a sua neta menor de 14 anos em segunda esposa do avô. A menor, que vive com os avós desde Janeiro, fugindo, supostamente, aos maus-tratos da sua mãe, terá sido dada como segunda esposa pela sua própria avó, de 55 anos. Inicialmente a menor terá recusado, mas sob ameaças acabou cedendo, disse à imprensa Dércio Chacate, porta-voz da Polícia da República de Moçambique.

Mais de 1.5 milhão de jovens serão abrangidos, este ano, pelo projecto “Viva Mais” que está a ser implementado pela Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade (FDC), que tem por objectivo prevenir as doenças sexualmente transmissíveis no seio desta camada social considerada vulnerável.

Juro por minha hora, amar -te, cuidar -te, na saúde e na doença, na pobreza e na riqueza, até que a morte nos separa. Acho que esta parte está muito boa, porém, carece de uma análise profunda e de reflexão contínua. Já tem sido mau hábito, que as pessoas se casem para morrer. Morrer de forma brutal. Casais estão a matar – se, mesmo com filhos menores. Como estes crescerão e viverão? Pelo menos pensem neles. Por favor. Até que a morte nos separa, não é matarem – se uns aos outros, como se o casamento fosse um palco mortal.

Maputo – Na Conferência nacional virtual organizada pela Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade (FDC), Graça Machel defendeu o banimento de todas as práticas sociais que prejudicam o desenvolvimento da rapariga, dentre elas as uniões forçadas e prematuras. Mesmo as ditas práticas consagradas e seculares, quando forem prejudiciais à criança, mulher, rapariga e à sociedade no geral, devem ser questionadas. No seu entender, Moçambique não deve continuar entre os dez países do mundo com os índices mais altos de uniões forçadas e prematuras.

O Ministério do Género, Criança e Acção Social assinou (02.08.20121) em Maputo um memorando de entendimento com a Agência Irlandesa para o Desenvolvimento, com o objectivo de criar condições para a operacionalização do Centro de Empoderamento da Mulher e Rapariga. Segundo a ministra do pelouro, Nyeleti Mondlane, o centro, que será erguido em Maluana, distrito de Manhiça, em Maputo, terá áreas de formação diversificada, olhando para as potencialidades existentes nas zonas de origem das beneficiárias e onde pretendem implantar seus projectos.