Maputo – Segundo o vice – ministro da Educação e Desenvolvimento Humano, Manuel Bazo, cerca de 500 mil jovens e adultos serão alfabetizados por ano, até 2029, no âmbito do Plano de Acção do sector da Educação que prevê intervenções focadas na mulher, rapariga e pessoas com necessidades especiais. Por sua vez reconhece que a caminhada rumo à erradicação do analfabetismo continua um desafio, pois cerca de 39% da população não sabem ler, escrever e contar em nenhuma língua. Esta situação é mais preocupante entre mulheres e raparigas, cuja taxa de analfabetismo está situada em torno de 49,4%.

Quatro novas maternidades – modelo serão construídas até ao final do ano em igual número de unidades sanitárias dos distritos de Lichinga, Mandimba e Mecanhelas, no âmbito da iniciativa do sector da Saúde para aumentar partos institucionais e humanizados no Niassa. As referidas maternidades estão projectadas para as unidades sanitárias das localidades de Ritunde e Bemo, em Mecanhelas, Mississi e Massemgele, em Mandimba e Lichinga. Segundo Ramos Mboane, apostou – se na redução dos riscos às parturientes, que devido às longas distâncias que separam as suas áreas residenciais da maternidade acabam trazendo os seus bebés ao mundo em condições deploráveis.

Deputados da Assembleia da República (AR) que se encontram a trabalhar na província de Manica manifestaram satisfação pelo envolvimento das organizações da sociedade civil que contribuem significativamente para redução de uniões prematuras e desistência da rapariga na escola.

Maputo – Segundo um Relatório do IMD, o Processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) dos elementos residuais da Renamo deve respeitar os interesses específicos das mulheres, segundo o Instituto para a Democracia Multipartidária (IMD). Dos 5221 guerrilheiros da Renamo previsto para serem abrangidos até ao fim do processo do DDR 257 são mulheres, o que para esta organização da sociedade civil é motivo bastante para ter em consideração esta particularidade. Considera – se importante que se tenha em conta uma abordagem com vista a garantir tratamento equilibrado entre homens e mulheres.

Realizou – se recentemente a 28ª sessão do Conselho de Ministros dos Assuntos da Mulher e Género da Comunidade do Desenvolvimento de África Austral (SADC), foi orientado pela Ministra do Género, Criança e Acção Social, Nyelete Mondlane, que considerou de positivos os progressos registados na implementação do protocolo sobre a matéria. O encontro serviu, igualmente, para a adopção da directiva regional para a formulação de planos de acção nacionais de género. Esta directiva integram a perspectiva do género, programa multidimensional regional para o empoderamento económico da mulher, bem como estratégia para a eliminação da violência baseada no género e participação da mulher na tomada de decisão.

 

Na Província de Manica, centro do País, os deputados membros do Gabinete da Mulher Parlamenta (GMP) e da Comissão dos Assuntos Sociais, do Género Tecnologia e Comunicação Social (CASGTCS) manifestaram a sua satisfação com o trabalho desenvolvido pelos órgãos da sociedade civil, que tem contribuído significativamente para a redução de uniões prematuras e a desistência da rapariga na escola. “Estamos satisfeitos com o trabalho que está a ser desenvolvido pelas organizações da Sociedade Civil na província e encorajamos a necessidade de expandir as suas acções para outros distritos que estão longe da capital, uma vez que entendemos que estas estão mais aglomeradas na cidade onde se verifica esta redução”, disse Mafuiane para quem estes organismos devem desconcentra-se e, dentro das suas capacidades e possibilidades, abranger mais pessoas.

Deputados do Gabinete da Mulher Parlamento e da Comissão dos Assuntos Sociais, do Género Tecnologias e Comunicação Social da Assembleia da República (AR) iniciam uma visita de trabalho à província de Manica para fiscalizar a implementação de leis com impacto na promoção da igualdade de género no país.

Grupos de mulheres de diferentes idades, vulneráveis de quase todos os distritos de Nampula, deslocam -se todos os dias à montanha do bairro periférico da Muhala- Expansão, na capital provincial, para exploração de pedra que vendem para a sua sobrevivência. O número dessas mulheres, algumas delas com bebés às costas e crianças dos 8 aos 10 anos de idade, tem vindo a aumentar em relação a outros tempos. As garimpeiras deploram a postura dos gestores municipais por supostamente nada fazem em prol da mulher carenciada daquela província, pois podiam contemplá – las, por exemplo, nos financiamentos das suas iniciativas empreendedoras.