Maputo – Pelo menos 48.039 raparigas estiverem matriculadas, este ano, nas instituições Técnico -Profissional, contra 45.424 rapazes. Apesar do número de mulheres representar 51,4% do universo dos formandos neste subsistema do ensino, apenas 16% frequentam qualificações do ramo industrial nas áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática (CTEM). “Afigura – se urgente o desenvolvimento e implementação de uma estratégia sectorial que define os mecanismo de garantia de equidade de género neste subsistema de ensino, para promover o acesso e a retenção de mulheres”.

Maputo – Vinte e cinco raparigas foram formadas em uso de tecnologias de informação e Comunicação (TIC), para lidar com o programa windows e introdução aos pacotes word, excel, power point e internet. A capacitação contou com o apoio da UNESCO com o objectivo de empoderar a mulher no uso das TIC e, uma vez preparada, inserir -se na sociedade de informação e, por esta via, concorrer para a equidade do género, visto que as plataformas electrónicas desempenham um papel crucial na sociedade contemporânea e apoiam os processos de tomada de decisão, educação, investigação, produção, entre outros.

Cabo Delgado – Segundo a directora do Serviço Provincial do Género e Acção Social, Isabel Raimundo, falando na mesa – redonda sobre a situação das uniões prematuras e gravidezes precoces no contexto social e da crise. Dez raparigas que viviam em uniões prematuras em algumas comunidades e centros de reassentamento de deslocados por conta dos ataques terroristas foram resgatadas pelas autoridades e integradas em escolas para prosseguirem com os estudos.

A vida no centro de acomodação de Mandruzi 1 não tem sido fácil para a maioria das famílias, sobretudo as chefiadas por mulheres, que mesmo tendo força para trabalhar, não têm capital para desenvolver projectos de geração de renda. Estas mulheres perderam as suas casas e recursos produtivos, os quis foram destruídos pelo ciclone Idai.

Segundo a ministra do Género , Criança e Acção Social, Nyeleti Mondlane, o país ainda enfrenta desafios para o empoderamento da mulher, pois a violência baseada no género, as uniões prematuras e gravidezes precoces constituem agravam a sua vulnerabilidade. As estatísticas mostram a necessidade de investir na sensibilização de homens e mulheres, das várias gerações, para a prevenção, denúncia de casos de violência, bem como na assistência e reintegração das vítimas.

Mais de 800 mulheres residentes na ilha de Idugo, no distrito de Quelimane, já podem fazer partos seguros, mercê da construção e apetrechamento da primeira maternidade naquele ponto da Zambézia. Segundo Anastácia João, residente em Idugo disse que muitas mulheres perdiam bebés porque para chegar a Quelimane tinham de atravessar rios, o que levava muitas vezes a mortes, antes de chegar à unidade sanitária. “Agora temos uma maternidade”.

(Maputo) A violência contra as mulheres e raparigas é um dos mais graves problemas que a sociedade enfrenta. E o Governo admite ter ainda muitos desafios no enquadramento das mulheres e raparigas, pois a violência doméstica baseada no género, as uniões prematuras e a gravidez precoce são graves problemas na sociedade moçambicana e intensificam cada vez mais a vulnerabilidade da mulher. Segundo a ministra do Género, Criança e Acção Social, Nyeleti Mondlane, falava em Maputo, por ocasião da premiação dos vencedores da primeira edição do concurso “Prémio de Jornalismo do Moza Banco”, a violência tem origem na estrutura social, nos valores, nas tradições, nos costumes, hábitos e crenças que se encontram muito ligadas a desigualdade entre mulheres e homens, onde a vítima, muitas vezes, é a mulher e o agressor é o homem. “Os dados dos gabinetes de atendimento a famílias e menores vítimas da violência, indicam que de Janeiro a Setembro deste ano foram registados 15.800 casos, dos quais 8.900 contra mulheres e 4.882 contra crianças. Enquanto isso, 2.068 foi contra pessoas idosas e com deficiência” apontou a ministra

Ao longo do tempo, ela foi conquistando o seu espaço na sociedade. A níveis distritais, nas estruturas administrativas municipais, já é possível encontrar mulheres a
ocuparem cargos de secretárias de bairros. O Distrito Municipal de KaMabukwana é o mais populoso a nível da capital e com maior número de bairros constituídos por 14
secretários, dos quais seis são mulheres. Helena Gertrudes é uma das seis secretárias do Distrito KaMabukwana e a primeira mulher a ocupar o cargo de
secretária a nível do Bairro 25 de Junho “A”. “Desafios não faltam e encontramos muitas dificuldades, mas estamos atrás dessas dificuldades para poder superar e
ultrapassar”, disse Helena Gertrudes. Questionada sobre a participação feminina nas lideranças comunitárias, diz que as mulheres nunca negam de assumir responsabilidades e que elas são determinadas.