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Rede DSR anuncia vencedores do Prémio de Jornalismo

O concurso considerava um 1º e um 2º lugar, com prémios de 1 000 e 500 dólares americanos respectivamente.

O primeiro lugar foi para o jornalista da Rádio Moçambique, Boaventura Mandlate.

O segundo lugar foi para o jornalista António Tembe, também da Rádio Moçambique.

No caso do Boaventura Mandlate, o juri considerou que o trabalho radiofónico reflecte as grandes qualidades de uma peça jornalística de realce: actualidade, elevado nível de interesse e relevância, pesquisa exaustiva, e uma abordagem profunda e humanizada. Traz um olhar informado sobre o aborto inseguro e os possíveis benefícios da descriminalização do aborto, e convida à reflexão individual e colectiva.

O trabalho do António Tembe, com enfoque na província de Maputo, distinguiu-se por abordar a questão dos riscos e consequências do aborto inseguro de modo informado e fundamentado, por mover emocionalmente a audiência através dos testemunhos que apresenta, e por oferecer uma perspectiva mais diversa do problema como algo que atravessa todas as camadas sociais.

A cerimónia contou com a presença do Dr. Pascoal Mocumbi, o principal homenageado por esta iniciativa, por ter permitido na década de 80, enquanto Ministro da Saúde, a realização de interrupções de gravidezes indesejadas, tendo para tal emanado um regulamento, o que tem salvo muitas vidas de mulheres.

“Mantenham a rede forte e abram mais espaço para iniciativas criativas como esta, para promover uma educação abrangente mediante os media e os jornalistas, para que haja menos mortes por gravidez indesejada e as mulheres saibam como preveni-la”, disse Mocumbi na cerimónia.

O júri do Premio foi constituído por Ivone Zilhão (Pathfinder, coordenadora da Rede), Maura Catorze (Nweti), Sidonia Fiosse (AMOG) e Maria José Arthur (WLSA).

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