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As fotos no cabeçalho são
da autoria do CDFF 

Eventos

16 Dias de Activismo Contra a Violência de Género 2020:

Mês da mulher 2020:

Debate, workshop, feira, música, desporto, cinema, exposição, poesia, teatro, dança e muito mais

Programa do Mês da Mulher 2020

Campeonato de futebol:

“Unidos Contra a Violência Sexual”

Vamos falar de aborto!

(mesa redonda)

Mulheres Jovens sob Ataque (debate)

V Conferência Nacional da Rapariga

Marcha pela liberdade de expressão

Liberdade de Expressão

Marcha por Gilles Cistac

Marcha Gilles Sistac

Marcha pela igualdade

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Contra violação dos direitos humanos no Código Penal

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Concurso de fotografia

Vencedores da 2ª edição

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Marcha pela paz

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Desfile do 1º de Maio

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Prémio da Rede de Defesa dos Direitos Sexuais e Reprodutivos 2012

Anúncio dos vencedores

Marcha de Solidariedade

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Fotos da Marcha de Solidariedade dos Povos da SADC (2012)

Multimedia

Não é fácil ser mulher ...

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... em Moçambique

Aborto. Pense nisso...

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(Material usado em acções de formação da WLSA)

Quem vai querer dar a luz aqui?

Fatima

O estado em que se encontram alguns dos postos de saúde em Cabo Delgado

"Alzira"

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Filme produzido pela WLSA Moçambique sobre sobre uma jovem que, até há pouco tempo, vivia com fístula obstétrica.

"Omitidas"

Brochura elaborada pela WLSA Moçambique sobre o problema da fístula obstétrica - um drama que atinge cerca de 100.000 mulheres em Moçambique.

Omitidas

Clique aqui para descarregar a brochura (em PDF)

Leia mais sobre fístula obstétrica

Contra a violência de género

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A sociedade civil manifestou-se na inauguração dos X Jogos Africanos

 

Direitos sexuais e reprodutivos

Quem vai querer dar a luz aqui?

De acordo com o Inquérito Demográfico e de Saúde de 2011, a Província de Cabo Delgado tem a taxa de mortalidade materna mais alta do país e apenas 36% dos partos são assistidos por pessoal especializado de Saúde. Esta série de diapositivos mostra o estado em que se encontram alguns Postos de Saúde no distrito de Mueda.

Visitar os postos de saúde rurais no remoto distrito de Mueda, em Cabo Delgado, ajuda a compreender por que essa província tem a taxa de mortalidade materna mais alta de Moçambique. Vejam a maternidade da aldeia de Ngapa. A parteira abriu a porta e disse: “Quem vai querer dar a luz aqui? Isto deveria ser demolido e reconstruído de zero.” As mulheres da zona parecem concordar – quase a metade prefere ter o parto em casa.

O posto de saúde de Imbuo tem melhor aspecto, está limpo e recém pintado. Mas não tem energia nem água. À noite, uma parturiente deve trazer velas ou lanterna e baldes de água. Não há rede telefónica. Para chamar uma ambulância da sede do distrito, a enfermeira pede a um parente da paciente, como este pai, para pedalar em bicicleta 15 minutos até um lugar com recepção.

Mpeme é o pior posto. Sem energia ou gás, os instrumentos não são esterilizados entre uma paciente e outra. Medicamentos antimaláricos e antibióticos faltam com frequência.

Em Namatil, o enfermeiro Ismael Ossuman pode diagnosticar HIV mas não tem antiretrovirais para dar. Sente-se muito frustrado com isso. A parteira Fátima Amissi Usange precisa de luvas, sabão e água corrente.

Em Ngapa, vimos a Fátima Namangana sair do posto de saúde, dobrada de dores. Fátima tem 26 anos e três crianças pequenas. Três semanas atrás, ela teve um aborto espontâneo que derivou numa infecção generalizada, que poderia levar a peritonite e morte. Três vezes foi à clínica. Deveria ter sido evacuada para a vila de Mueda, a duas horas de distância. Mas apenas lhe receitaram um antibiótico ligeiro que não detem a infecção.

Fátima teve sorte. Levámo-la de carro a Mueda e salvou a vida.

Mas quantas outras jovens mães, como Fátima, continuam a morrer desnecessariamente em Moçambique?

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