Breves
Polícia Solta Violador Sexual
O jornalista Carlos Anselmo Ganunga comenta o vídeo “Fui violada! Exijo justiça!” – depoimento de uma vítima da violação sexual.
Depois de ver o vídeo “Fui violada! Exijo justiça!”, as seguintes questões não me dão sono:
- Não entendo por que é que a polícia, conhecendo todos os contornos deste caso, do qual ainda não há julgamento, solta o criminoso!
- Como é que a polícia pretende combater a criminalidade naquele ponto da província, sem dar seguimento a um caso tão desprezível como este, que esteve nas suas mãos?
- Por que é que a polícia não reforça o seu efectivo nas áreas pouco iluminadas de Boane?
- Não entendo por que é que a polícia não guardou as roupas da vítima, prova da violação, quando ela meteu a queixa!
- Por que é que as autoridades locais não iluminam as ruas para não dar chance aos meliantes?
- Como o enfermeiro do Hospital de Boane não conhecia o protocolo da profilaxao do HIV e não administrou antiretrovirais inmediatemente?
Enquanto escrevia estas linhas soube que o criminoso solto voltou a violar, desta vez uma menina residente na mesma área.
É urgente exigir-se das autoridades a recaptura dos malfeitores. Assim pode dar-se seguimento judicial que sirva de exemplo e evite futuras tentativas semelhantes. Agora foi em Boane, mas pode acontecer no seu bairro também. Junte-se às vozes dos que estão contra esta prática.
Abaixo a violação sexual!
Carlos Anselmo Ganunga, jornalista
Eu acredito que os policias trabalham juntamente com os meliantes, nao e possivel que isso aconteca nos olhos das autoridades e que elas nada fazem para estancar isso.
E muito repugnavel que isso aconteca.
assino em baixo que sejam exemplarmente condenados os violadores de mulhers
Devemos ter uma policia mais eficiente para evitar mais casos desses. Deiam a Fatima a Justica que ela exige.
Vamos pensar em resolver os problemas com seriedade. As pessoas e em particular as mulheres, devem ter e sentirem-se protegidas pela Lei, no pais onde vivem. Que haja justica para as vitimas!!!!
Parabéns pelo facto de tematizarem tais acções.
Deixo-vos à disposição um artigo que publiquei alertando para um outro problema:
Clínica para Mulheres mutiladas no Sexo
Uma Esperança no Desespero
António Justo
Foi inaugurada em Berlim (dia12.09) uma clínica para mulheres genitalmente mutiladas. É o primeiro hospital na Europa dedicado a mulheres a quem foi decepado o clítoris (ablação).
Na Europa há milhares de mulheres vítimas desta conduta desumana. São mulheres oriundas de África e de países islâmicos. A criação da clínica deve-se à iniciativa “Desert Flower Center” da activista dos direitos humanos Waris Dirie, a quem, aos cinco anos, extirpam o clitóris e os pequenos lábios da vagina. Waris Dirie ficou internacionalmente conhecida devido ao seu famoso livro “Flor do Deserto”.
Foi nomeada Embaixadora da ONU contra a mutilação genital feminina. Já conseguiu que 15 países africanos penalizassem a mutilação feminina.
Waris Dirie sente-se a “defensora das seis mil meninas que, dia a dia são mutiladas. Nada é pior que urinar e menstruar por uma abertura do tamanho de uma ervilha.” Oriunda da Somália, com 13 anos fugiu através do deserto para escapar ao casamento com um homem de 60 anos, com quem o pai a queria obrigar a casar como quarta esposa, em troca de 5 camelos.
Em nome dos costumes culturais, a opressão da mulher continua a ser aceite. Os homens querem-na submissa e pura! Costumes, como o da ablação, são usados como preventivo contra qualquer possível tentação. Opta-se por ter sexo com mulheres a sofrer do que lhes permitir a liberdade do gozo. As mulheres são transformadas em terra cativa à disposição do homem, preparadas para serem vitimadas no altar da liberdade masculina. Parece poder constatar-se que na barbaridade sadista a honra do homem brilha mais quando polida pela dor da mulher.
O desamparo a que o mundo secular e religioso continua a votar a mulher conduz todo o ser consciente ao abandono, a um estado de angústia. Necessitamos uma ética humanista que coloque a mulher e o homem no centro do humano sem privilegiar nenhum dos seus polos.
António da Cunha Duarte Justo
http://www.antonio-justo.eu