Breves
Marcha “Pelo Direito à Esperança” realizou-se como previsto
Apesar de muitas acções de intimidação e desinformação, realizou-se a marcha do dia 18 de Junho, na cidade de Maputo, de maneira ordeira e pacífica e contou com cerca de mil participantes.
Com o lema “Pelo direito à Esperança”, incentivou-se o cidadão e a cidadã a expressar o seu descontentamento, com destaque para: 1) tensão político-militar; 2) limitação da liberdade de expressão, execuções sumárias de opositores políticos e das vozes discordantes, com a alegada criação de esquadrões da morte e valas comuns; 3) dívidas privadas ilegalmente caucionadas como dívidas públicas.
As organizações responsáveis pela organização da Marcha (cerca de 12 organizações) consideram que o resultado foi bastante positivo, embora o factor medo tenha impedido muita gente de participar.
Na continuidade desta acção, os organizadores divulgaram a seguinte Nota de Imprensa:
Manifestação Pelo Direito à Esperança de 18 de Junho de 2016
NOTA PÚBLICA DE SEGUIMENTO (1)
A marcha continua até que a esperança floresça
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O título resume o sentimento transmitido pelas centenas de pessoas que participaram na marcha bem como por milhares de cidadãos que se aproximaram aos organizadores e manifestantes ao longo do percurso e através da comunicação social e redes sociais. A Marcha que se realizou no passado dia 18 de Junho na Cidade de Maputo foi em defesa do direito à esperança, para que tanto esta como a geração vindoura possam viver em paz, num clima de justiça e acreditando num futuro em que todas e todos poderão conviver com dignidade e com respeito às diferenças, e que moçambicanas e moçambicanos de todas as confissões religiosas, de todas as filiações partidárias, de todas as origens e estratos sociais, se sintam integrados, tenham trabalho ou meios de vida e possam realizar o seu potencial como cidadãs e cidadãos.
Contra a expectativa dos que tudo fizeram (intimidações e contra-informação) para inviabilizar a realização da marcha, a mesma felizmente aconteceu e decorreu de forma tranquila, ordeira e pacífica. As entidades e pessoas que tornaram possível que assim fosse – desde os organizadores, autoridades municipais e policiais, a Cruz Vermelha de Moçambique bem como as que aderiram, divulgaram e participaram na marcha – demonstraram um alto sentido de cidadania, contribuindo para a valorização e consolidação do Estado de Direito Democrático em Moçambique.
Em seguimento a uma reunião de balanço da marcha os organizadores através desta nota pública informam que as acções subsequentes à marcha – que continua até que a esperança floresça – serão realizadas em torno de quatro eixos de intervenção, nomeadamente:
- Divulgação nacional do Manifesto pelo Direito à Esperança;
- Monitoria e posicionamento público face aos desenvolvimentos do conteúdo do manifesto;
- Realização de eventos de massas de consciencialização pública e pressão política; e
- Participação em mecanismos públicos de debate e diálogo sobre o conteúdo do manifesto.
Os organizadores informam ainda que em breve partilharão o próximo evento público de massas, entre outras iniciativas correntes que visem manter iluminado o caminho rumo ao direito à esperança.
Recordar que a Marcha foi organizada por um grupo de organizações da sociedade civil, congregando vários interesses. No mais alto destes interesses conjugados, pretendia-se alertar o Governo e os órgãos de poder do Estado para a recusa popular em relação à situação de guerra, à insegurança, aos ataques contra a liberdade de expressão e à dívida pública contraída de maneira ilegal.
Maputo, 21 de Junho de 2016.
Contacto: Liberta-te Moçambique
As fotos nesta página são da autoria de Leopoldino Jerónimo
Foi um acto de victória e início de auto consciencia para cada moçambicano.
Há muitos problemas que nos são impostos de passa-los cujas causas são orquestradas pelo sistema político opressor a que vivemos no país.
De vagar a gente acorda.
Que venha mais uma marcha acompanhada de outras acções de advocacia até a esperança seja promossora.
É possível uma vida melhor em Moçambique, embra que para isso seja necessária uma limpeza de raízes opressoras na governação actual.
A ver vamos.