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Omitidas

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Gestão da higiene menstrual na escola

05
Jun
2015

O tema da menstruação, das necessidades das raparigas e da higiene menstrual tem sido sistematicamente ocultado, mercê de vários tabus a ele relacionados. Preocupadas com a questão, várias organizações da sociedade civil incluíram este tema na sua agenda. Veja a seguir um resumo das conclusões de um estudo realizado na cidade de Maputo.

A comunicação de Zito Mugabe, em 2012 (clique aqui para descarregar o documento) refere-se à situação em escolas na cidade de Maputo.

Em primeiro lugar, o autor destaca a falta de informação das raparigas sobre a menstruação:

  • 85 % das alunas afirmaram que as mães não lhes explicaram sobre o que fazer quando estiverem no período menstrual mesmo quando apresentam dores pré menstruais, limitando-se a dar respostas evasivas;
  • Cerca de 70% buscam informações sobre a menstruação junto às suas colegas e irmãs mais velhas que às vezes também não possuem dados fiáveis;
  • 15% têm recorrido a tias mais próximas.

A maioria das mães assume que é responsabilidade dos professores falarem sobre a menstruação na escola, enquanto estes, por sua vez, não se sentem na obrigação de apoiá-las, pois acham que é tarefa e obrigação dos pais falarem destes assuntos com as filhas.

Para a compra de absorventes higiénicos, 60% das alunas afirmaram que têm recorrido às irmãs mais velhas, pois as mães foram descritas como as que menos compram absorventes higiénicos para as filhas.

Em segundo lugar, o autor aponta as consequências da falta de informação:

  • Para a maioria das raparigas a menstruação é considerada como fonte de medo, preocupação e de stress, aliado a diferentes tabus culturais;
  • É tratada como um assunto vergonhoso e é abordado com timidez e num ambiente restrito e pré seleccionado;
  • Estes sentimentos (medo e stress) têm provocado problemas emocionais das próprias adolescentes e afectam o seu ambiente social e escolar.

Em terceiro lugar, Mugabe refere-se às instalações sanitárias escolares, que foram consideradas inadequadas, sem privacidade, em más condições de segurança e sem facilidades criadas para a higiene menstrual, e que o seu uso tem contribuído para a baixa auto-estima das alunas, o que afecta o rendimento escolar, e não as ajuda a enfrentarem os mitos e os tabus relacionados com a menstruação.

Por isso, entre as soluções adoptadas pelas alunas, uma delas é faltar às aulas durante período menstrual.

Aquelas que decidem ir à escola, visto a falta de condições dos sanitários, voltam muitas vezes para casa envergonhadas pelo seu próprio odor corporal causados pelo deslizamento ou má colocação do absorvente ou devido a manchas de sangue nos seus uniformes, fazendo delas motivo de troça dos outros alunos. Uma estratégia é usar muitas camadas de roupas escuras para ocultar o seu estado e sempre quando saem da aula tentam ser as últimas para saberem como se recompor se notarem que a roupa está manchada. Outras, porque são vistas de forma negativa pelos colegas, isolam-se ou escondem-se das suas amizades escolares diárias.

As recomendações vão no sentido de colocar a higiene menstrual como uma prioridade e criar condições para garantir que as raparigas se sintam seguras e vivenciem o período menstrual com dignidade, sem vergonha nem temor e sem que sejam afectadas no seu desempenho escolar. Outra recomendação é de garantir material de apoio para a sensibilização das crianças sobre a higiene em geral e em particular sobre Saúde Sexual Reprodutiva, incluindo a gestão menstrual.

É de lembrar que, sobre o tema, a OMS destaca que: “A gestão e higiene menstrual é uma questão que não é suficientemente reconhecida e muito pouco abordada, também não tem recebido a atenção adequada na saúde reprodutiva, no abastecimento de água, saneamento e promoção de higiene na África Sub-Sahariana. A sua relação e impacto no alcance dos objectivos/metas do desenvolvimento do milénio raramente são reconhecidos”.

A WaterAid, a ROSC, o MEPT e a WSUP organizaram em Maputo um debate aberto sobre a gestão da higiene menstrual na escola, no passado dia 28 de Maio, que também é o Dia da Higiene Menstrual, que “foi instituído por uma Plataforma Mundial de organizações como uma data para ajudar a quebrar o silêncio à volta dos mitos e tabus ligados à higiene menstrual, encontrar formas de superar os desafios e as dificuldades que muitas mulheres e raparigas enfrentam, bem como destacar soluções positivas e inovadoras”.

 
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Informação sobre os Direitos Sexuais e Reprodutivos das mulheres em Moçambique, recolhida pela Rede de Defesa dos Direitos Sexuais e Reprodutivos

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Mulher e Lei na África Austral - Moçambique