A Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade (FDC) capacitou, recentemente , na cidade de Xai – Xai, 14 formadores provinciais, em matéria da saúde sexual e reprodutiva e sobre as infecções de transmissão sexual (ITS), numa iniciativa denominada “Viva Mais”, financiada pelo Fundo Global. A “Viva Mais” tem como grupo -alvo raparigas, mulheres e jovens, dentro e fora das escolas, nas faixas etárias dos 15 aos 24 anos, e visa aumentar os conhecimentos sobre saúde sexual e reprodutiva, prevenção do HIV/SIDA e outras ITS, o combate às uniões prematuras, bem como sobre literacia e empoderamento de mulheres.

Segundo o governador da Zambézia, Pio Matos, a população feminina naquela província registou nos últimos cinco anos um assinalável crescimento, passando de 2,6 milhões para 3,1 milhões, das quais 2,1 milhões vivem na zona rural e enfrentam muitas dificuldades para aceder à informação e cuidados sobre os direitos de saúde sexual e reprodutiva.

Um jovem de 22 anos de idade está detido desde segunda – feira (05), na 8.ª Esquadra da Policia da República de Moçambique (PRM), em Beluluane, indiciado no crime de violação de uma menor de 12 anos. O indiciado e a criança, sua prima, viviam na mesma casa no distrito de Boane, província de Maputo.

O presidente da comissão organizadora da III Conferência Internacional sobre Investigação, José Castiano, falando a propósito do evento agendado, pelo fundo Nacional de Investigação FNI, para Outubro, na província de Gaza, defende a criação de mais incentivos para que as mulheres e jovens se exponham, cada vez mais, em eventos sobre pesquisa nacional e internacional e destacou a pertinência de se abarcar mais mulheres e jovens nas universidades, dando – lhes a oportunidade de submeter os seus projectos e conhecerem a nova realidade do mundo da ciência, robótica, entre outros tendências científicas.

Moçambique participou, semana passada, em paris, no Fórum Geração Igualdade, onde reafirmou os compromissos para acelerar as acções de igualdade do género. Era o objectivo do Fórum de Paris o reforço das parcerias e estabelecimento de compromissos para acelerar os avanços na promoção da igualdade de género, com foco nas 12 áreas definidas como sendo críticas na promoção da igualdade do género. Neste Fórum os governos foram encorajados a identificar coligações de acção e compromissos adequados à sua realidade e desafios mais urgente para acelerar os progressos lentos que se registam após os compromissos assumidos na IV Conferência sobre o Estatuto Das Mulheres, realizada em Beijing há mais de 25 anos. Moçambique tem se esforçado para propiciar um ambiente favorável à consolidação dos direitos da mulher, tendo como resultando o aumento do acesso da rapariga à educação em todos os subsistemas, o acesso de rapariga com deficiência à escola, término à obrigatoriedade de raparigas que engravidam passarem automaticamente ao curso nocturno e na área da saúde assinala -se o aumento do investimento do Governo na saúde sexual e reprodutiva, mas ainda representa preocupação o indicador sobre mortalidade materna.

Na cidade de Maputo pessoas com deficiência queixam – se da falta de oportunidades de emprego mesmo tendo formação académica ou profissional, o que arrasta a maioria para a situação de vulnerabilidade.

A unidade neonatal do Hospital Central de Maputo (HCM), na capital do país, com capacidade para internar 70 recém – nascidos, foi remodelada e apetrechada, o que poderá contribuir para a redução da mortalidade de recém – nascidos, situada hoje entre 20 e 25 por cento, uma taxa considerada alta.

Madina Abílio é uma adolescente de 16 anos de idade, residente em Muaquiua, no distrito de Mocuba, na província da Zambézia. Ela escapou a uma união forçada que já tinha sido preparada pelos pais com um comerciante local. O mesmo tem idade para ser o pai de Madina e sempre a assediava quando esta fosse à loja adquirir alimentos. Madina conta que foram dois anos de perseguição, com promessas de presentes como sumos, bolachas, roupas e até dinheiro. Ela conta que se salvou da união prematura porque a tradição local manda que antes do casamento os pais da noiva têm de comunicar ao líder tradicional local. O líder tradicional local discordou com essa união.