A ONU Mulheres realizou esta semana, em Maputo, um encontro virtual intitulado “Integrando a Perspectiva do Género nos Estímulos Fiscais e Económicos Adoptados para Mitigar os Efeitos da Pandemia COVID-19 no Sector Empresarial” envolvendo proeminentes mulheres líderes moçambicanas e destacáveis representantes de instituições parceiras. O evento enquadra-se num conjunto de debates alusivos a celebração do Mês da Mulher (incluindo o 7 de Abril), sob o lema “Mulheres na Liderança: Construindo para um futuro de igualdade num mundo com a COVID-19. O principal objectivo do diálogo foi destacar a importância da promoção de uma recuperação económica inclusiva e iguais oportunidades de benefício fiscal e monetário das empresas lideradas por mulheres e empresas que empregam mais mulheres nos sectores desproporcionalmente afectados pela pandemia COVID-19.

Na semana em que se comemora o Dia da Mulher Moçambicana, a Vale organizou uma palestra online para falar sobre os Desafios da Mulher a nível pessoal e profissional, no contexto da pandemia da Covid-19. Uma forma que reconhecer o papel e a importância cada vez maior da mulher moçambicana numa sociedade mais equitativa. A conferência decorreu na terça-feira, dia 6 de Abril, e destinou-se a todos os colaborares da empresa, homens e mulheres.

A organização Save the Children denunciou a situação das vitimas de guerra em Cabo Delgado, revelando que as crianças entre 11 e 12 anos são decapitadas por grupos terroristas pertencentes ao Estado Islâmico. A denúncia surge a partir dos relatos de famílias deslocadas que descreveram “cenas horríveis” de assassinato, incluindo mães cujos filhos foram mortos.

Amnistia Internacional (AI) divulgou ontem um relatório da aplicação de medidas de confinamento para o combate à Covid-19 em Moçambique agravou a violência de género no país, assim como no resto da África Austral.
“Devido aos confinamentos impostos pelos países da África Austral, alguns lares pela região tornaram-se enclaves de crueldade, violação e violência para as mulheres e crianças presas com familiares abusivos e sem qualquer sítio para denunciar ou escapar ao perigo, amplificou os problemas estruturais existentes, como a pobreza, a iniquidade, crime, elevado desemprego e falhanços sistemáticos da justiça criminal”.

Segundo o relatório IPC sobre Moçambique (Classificação Integrada de Segurança Alimentar, sigla inglesa) “Estima que o número de pessoas a fazer face à insegurança alimentar severa elevada aumente para 2,9 milhões de pessoas nas áreas rurais (aproximadamente 2,1 milhões) e urbanas (800 mil) em todo o país, entre Janeiro e Março”. A situação mais grave vai manter-se em Cabo Delgado, onde um conflito armado com ligações terroristas está a provocar uma crise humanitária. São famílias que dificilmente sabem de onde virá a próxima refeição, ou quando, sendo que cada porção raramente corresponde às suas necessidades básicas.

A Rede de Mulheres Jovens e Líderes Moçambicanas, uma iniciativa de mulheres ávidas em criar espaços seguros de união, sororidade, suporte e visibilidade às acções das mulheres jovens, realizara Diálogos de Alto Nível sobre Paz e Segurança em Moçambique, por via do Zoom com live streaming via Facebook, entre os dias 15 de Janeiro e 20 de Fevereiro de 2021. O principal objectivo é ampliar as vozes de mulheres, em particular jovens, na proposta de soluções para a paz e segurança em Cabo Delgado quer através da promoção de diálogos inclusivos, quer da exposição dos desafios da Resolução 1325 em termos de representatividade, recursos e realidades na prevenção de violências.

 

Fórum de Monitoria do Orçamento defende que o Governo de Maputo deve apoiar as famílias mais vulneráveis com verbas do novo alívio da dívida ao Fundo Monetário Internacional (FMI).
Moçambique vai beneficiar da segunda tranche do alívio da dívida – cerca de 13,4 milhões de dólares – ao Fundo Monetário Internacional por um período de seis meses.

A Coligação para a Eliminação dos Casamentos Prematuros (CECAP), é uma plataforma constituída por mais de 54 organizações da sociedade civil, que se dedicam à defesa e protecção dos direitos da criança e da rapariga, com especial enfoque para prevenção e eliminação de uniões prematuras, realizou em Maputo a conferência de imprensa por ocasião do Dia Internacional da Rapariga, assinalado no domingo (11.10) sob o lema “Minha voz, para um futuro de igualdade”.
A conferência tem como objectivo reforçar advocacia para a observância dos direitos humanos das raparigas sobre o grande impacto do novo coronavírus que “empurra” e expõe raparigas a casamentos prematuros para “garantir alimentos à família”.