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Moçambique faz frente ao duplo fardo: cancro do colo do útero e HIV
Artigo de Mercedes Sayagues apresenta iniciativa de combate ao cancro do colo cervical que, associado à infecção pelo HIV, mata 11 mulheres moçambicanas diariamente.
Em África, Moçambique tem um dos maiores riscos acumulados e taxa de mortalidade de cancro cervical — sete em cada 100 meninas recém-nascidas irão desenvolver este cancro e cinco morrerão disso — classificando-se em segundo lugar na incidência depois do Malawi, de acordo com a Coligação Africana para a saúde materna, neonatal e infantil.
Todos os anos, 5.600 mulheres moçambicanas são diagnosticadas com cancro de colo do útero. Destas, 4.000 morrem – 11 todos os dias. Não há nenhuma radioterapia paliativa; é uma morte dolorosa.
Estas são somente as mortes registadas. Só mais de metade dos moçambicanos têm acesso a cuidados de saúde, então muitos morrem não diagnosticados em casa.
A alta prevalência do HIV – um em cada 10 moçambicanos tem o vírus – agrava o problema. Mulheres HIV positivas têm um risco mais elevado de desenvolver esse tipo de cancro, e a uma velocidade letal.
“Quanto mais fraco estiver o sistema imunitário, mais rápida é a expansaõ do câncer do colo do útero”, explica o Dr. Amir Modan, do FNUAP em Maputo.
- Leia a tradução do artigo aqui ou no site do serviço em português do IPS.
- Leia o artigo original (em inglês) aqui.
- Veja também esta série de diapositivos.
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