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Mulheres moçambicanas estão a ter mais filhos do que aqueles que desejam
Resultados do IDS 2011 revelam que as mulheres têm pouco controlo sobre a sua saúde sexual e reprodutiva.
As mulheres moçambicanas estão a ter mais filhos do que aqueles que desejam
Resultados do IDS 2011 revelam que as mulheres têm pouco controlo sobre a sua saúde sexual e reprodutiva.
Os resultados do Inquérito Demográfico e de Saúde de 2011 (IDS 2011), divulgados em 2013, mostram que os direitos e a saúde sexual e reprodutiva em Moçambique ainda não é uma realidade.
A Taxa Global de Fecundidade (TGF) indica o número médio de filhos que as mulheres irão ter durante a sua vida reprodutiva, e é um importante indicador de saúde. Em Moçambique, a TGF é muito alta, mesmo comparando com países da região Austral, e aumentou desde 2003. Vejamos a sua evolução:
- 2011 – 5.9
- 2003 – 5.5
- 1997 – 5.6
Se pegarmos agora noutro indicador, o número ideal de filhos, e compararmos com a TGF, vemos que as mulheres estão a ter mais filhos do que aqueles que desejam:
- Nº ideal de filhos para as mulheres – 4.8
- Nº ideal de filhos para os homens – 5.4
Por outro lado, o inquérito revelou que há necessidades insatisfeitas de planeamento familiar:
- Só uma em cada 10 mulheres usa contraceptivos modernos
Os dados indicam também que a percentagem de mulheres sexualmente activas que usam contraceptivos diminuiu em relação a 2003:
- 2011 – 12%
- 2003 – 17%
- 1997 – 6%
As causas desta diminuição são várias, como rupturas de stock em zonas rurais, menos abrangência dos programas de divulgação e falta de informação e de poder de decisão das mulheres em relação ao seu corpo e à sua saúde.
Informação divulgada pela Rede de Defesa dos Direitos Sexuais e Reprodutivos
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