Breves
Reconhecimento internacional de Aldo Marchesini, o padre cirurgião que luta para melhorar a saúde das mulheres
O Padre Aldo Marchesini e a ONG Johns Hopkins Program for International Education in Gynecology and Obstetrics (JHPIEGO) ganharam o Prémio de População 2014 das Nações Unidas.
Reconhecimento internacional de Aldo Marchesini, o padre cirurgião que luta para melhorar a saúde das mulheres
O Padre Aldo Marchesini e a ONG Johns Hopkins Program for International Education in Gynecology and Obstetrics (JHPIEGO) ganharam o Prémio de População 2014 das Nações Unidas.
O Padre Aldo Marchesini é italiano, tem formação médica, é cirurgião e trabalha em Moçambique desde 1974, tendo estado em vários distritos, sempre com recursos muito limitados.
Ele começou a tratar Fístulas Obstétricas logo após sua chegada e durante muitos anos foi o único médico a fazê-lo em Moçambique, mas foi treinando vários médicos que hoje se tornaram especialistas na matéria. Ele procurou fundos, não só para financiar o tratamento dos pacientes, mas também para pagar pelo seu transporte, refeições e roupa, quando as mulheres afectadas tinham que vir para as unidades sanitárias onde se fazia a intervenção cirúrgica.
A fístula obstétrica é um problema que se calcule que afecte cerca de 100 mil mulheres em Moçambique, e resulta de partos prolongados, seja por falta de assistência hospitalar, seja por causa de gravidezes em adolescentes, muitas delas fruto de casamentos prematuros. Manifesta-se por incontinência urinária e, nos casos mais graves, em perda incontrolável de fezes. Provoca isolamento social e grande sofrimento nas meninas e mulheres que as contraem.
Poucos sabem que esta doença existe, porque raras vezes se fala nela. O único tratamento possível é a reparação cirúrgica dos tecidos danificados.
No entanto, desde há uns anos que o Ministério da Saúde começou um programa de prevenção e combate à fístula obstétrica, que tem realizado campanhas anuais em que se operam entre 200 a 300 mulheres atingidas por este problema, em algumas capitais provinciais. O Padre Aldo Marchesini foi a alma e a inspiração desta iniciativa, granjeando o respeito dos colegas e das pacientes que trata.
A WLSA Moçambique congratula-se pela atribuição deste prémio e felicita calorosamente o Dr. Aldo Marchesini.
- Mais informação sobre o prémio (em inglês)
- Mulheres corajosas – texto escrito pelo Dr Marchesini
- Fístula: uma prisão onde nenhuma mulher deveria viver
- Mais informação sobre fístula osbtétrica
- Brochura Fistula
É de louvar a dedicação, a entrega e o amor pelos doentes e pelos pobres. Vi muitas vezes na Paróquia da Sagrada Familia onde o Pdre Aldo reside, pessoas logo as primeiras horas antes do Pdre saír para o trabalho a serem atendidas por ele. A tarde depois do trabalho, pessoas carentes precisarem de uma assistência médica e Pdre Aldo sempre incansável vai atentendo sem se importar que ele é humano, precisa de uma boa refeição e de descanso. Obrigada Pdre Aldo, por teres ajudado a minha mãe quando o Dr. Miranda a operou na sua ausência e quando voltaste da Itália deixaste-a ficar mais um mês para a assistir. Obrigada por me teres salvo a vida em 1981 quando apanhei pneumonia e falo por muitos e outros que não têm oportunidade de poder escrever para manifestar o desejo de gratidão pelo que o Pdre fez por elas e continua fazendo. Vi muitos paralíticos que por si foram operados com sucesso. Vi o sorriso de muitos doentes e parentes dos pacientes voltar a brilhar. Peço a Deus para que o dê muita saúde, muita força para cuidar de todos nós que tanto precisamos de si Pdre.
Padre Aldo… obrigada em nome da população da zambézia em especial os mais carentes que não têm oportunidade de lhe agradecer. Salvaste centenas de pessoas sem nada em troca… por não aceitares consultas especiais em especial de cirurgia, por saberes que a maioria não têm recursos financiareiros para tratamento médico. Vivo no Maputo, fui a uma clinica dentaria que me estragou os dentes todos e hoje convivo com esse trauma e ter que conviver com prótese dentária, sem saber onde recorrer a justiça, mas tudo entrego a Deus. Cresci sempre convivendo com padres e irmãs, sou baptizada e crismada, e aprendi com o falecido que Deus o tenha Padre Leonardo na Diosese de Quelimane, que a gente deve “sofrer e aprender a sofrer”. Tenho um tumor benigno na cabeça e digo a todos os que padecem de doenças crónicas ou graves, que devemos aproveitar agradecer a Deus por mais um dia poder ver o sol nascer e aproveito o resto do dia fazer tudo de bom ao próximo, quer no serviço, na rua em casa. Quando faço bem ao meu irmão é a Deus a quem agrado e isso me deixa feliz e me dá mais força para conviver com o que tenho. Para dizer a verdade só recordo que tenho problemas de saúde quando me dói a cabeça. por isso Padre Aldo muita obrigada. Dr Miranda operou a minha mãe em 1983, de um câncer numa altura em que Pdre se encontrava na Itália de ferias. Mesmo assim a quando de regresso não deixou de a atenter. Em 1981, eu estive a beira da morte com pneumonia e o falecido Pdre Alves, isso na Sagrada Familia, pediu ao Pdre Aldo que me assistesse na consulta e graças a Deus que Pdree Dr Miranda atenderam-me e fui hospitalizada de urgência.Por isso agradeço a Deus de lhe conceder bom coraçao para quem padece. não tenho palavras e um dia quando for a Quelimane vou procura-lhe e agradecer pessoalmente. Aninhas